A obesidade é uma das doenças mais recorrentes na população, afetando milhares de pessoas que lutam diariamente contra o excesso de peso. A doença se refere ao acúmulo de gordura no corpo, que além de afetar diretamente a autoestima das pessoas, é a grande causadora de muitos outros problemas de saúde ainda mais graves, como as doenças cardíacas, pressão alta, artrite, diabetes, apnéia e até derrame.
A cada ano que passa, o índice da obesidade mórbida cresce mais e mais no Brasil. Isso porque, para quem se encontra já em um estado avançado de peso corporal (ou seja, quem já tem muitos quilos a mais do que deveria ter), reduzir o peso e acabar com a gordura corporal é um difícil desafio, que chega a parecer quase impossível em alguns casos.
É considerado obeso mórbido o indivíduo cujo Índice de Massa Corpórea (IMC) é igual ao superior a 40. Tal índice é calculado da seguinte maneira: o peso corporal (em quilogramas) dividido pela altura ao quadrado (altura em metros).
Causas: quais fatores desencadeiam a obesidade mórbida?
Para entender a doença, é preciso compreender que ela não “aparece do nada”. O aumento de peso é gradativo e passa por etapas: o sobrepeso, a obesidade e a obesidade mórbida.
As causas da obesidade são as mais diversas. Dentre os principais fatores que contribuem para a sua ocorrência estão:
- Influências genéticas – em alguns casos, a obesidade já é um problema de família, e assim, o ganho de peso extra pode começar logo na infância e acompanhar a pessoa por toda a vida.
- Distúrbios psicológicos – outro fator que pode acarretar ou agravar ainda mais a obesidade são os distúrbios psicológicos. Pessoas que se encontram em um estado de depressão, por exemplo, tendem a procurar conforto e refúgio na comida, e acabam comendo, por compulsão, muito mais do que se deve.
- Distúrbios endócrinos – outro problema que pode contribuir para a obesidade são os distúrbios hormonais, como os da tireoide, por exemplo. Pessoas que apresentam alterações nos hormônios da tireoide são pessoas mais propensas a sofrer com o excesso de peso.
- Maus hábitos alimentares – esse é um dos principais causadores da obesidade. Pessoas que mantém uma rotina muito agitada acabam deixando de lado uma alimentação mais balanceada e saudável, optando por produtos mais práticos, mas que por sua vez, são ultra processados, cheios de conservantes e outras substâncias que aceleram o ganho de peso. Além disso, passar longas horas sem se alimentar contribui para o aumento do peso, pois nestes casos, quando se faz uma refeição, se pensa que pode comer de tudo, para compensar o tempo que se ficou sem comer.
- Falta de exercícios físicos – por fim, uma outra razão que leva as pessoas a sofrerem com problemas de excesso de peso é o sedentarismo. Hoje em dia, o sedentarismo é a maior causa de problemas de saúde no Brasil.
A obesidade mórbida é um problema difícil de ser resolvido. Por ser um estágio tão avançado do excesso de peso, geralmente é um quadro quase impossível de ser revertido de maneira convencional (apenas com dieta e exercícios). Diversos estudos apontam que os tratamentos convencionais possuem taxas de falha no médio e longo prazo superiores a 89%.
O conceito de que o paciente obeso não tem sucesso na perda de peso fazendo dieta e exercícios pois ele é preguiçoso ou não tem a força de vontade necessária é equivocado. Um número enorme de estudos científicos esclarece que o ambiente metabólico de um obeso mórbido “trabalha” contra a perda de peso. Na prática, é realmente mais difícil para uma obesa fazer uma dieta de restrição de calorias quando comparada à uma pessoa com peso adequado.
Nestes casos, um tratamento multidisciplinar em conjunto com diversos profissionais de saúde é a melhor chance de que o indivíduo volte a ter qualidade de vida e saúde. Em todos os casos é necessária uma mudança completa nos hábitos alimentares e na rotina de exercícios físicos, algo que exige do paciente muita determinação e disposição. O acompanhamento psicológico, integrado com o acompanhamento médico (endocrinologista, cirurgião, e outros profissionais) é o caminho mais seguro para um tratamento eficaz.
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